A deputada Alessandra Campêlo (PSC) subiu à tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) nesta segunda-feira (12/09) para repudiar o feminicídio de Elzeny Rodrigues de Souza, de 43 anos, ocorrido no último domingo (11) em um sítio na AM-010, que liga Manaus a Itacoatiara.
O suspeito do crime é seu companheiro, que trabalhava como caseiro no local e a teria matado com marteladas na cabeça. Na tribuna, a parlamentar destacou que o crime reflete uma cultura machista e é o ato final das diversas formas de violência que as mulheres sofrem em todo o país.
“Queria falar aqui em nome das mulheres do Amazonas: parem de nos matar, parem de matar as mulheres e tratá-las como objeto a ser descartado, parem de tratar as mulheres dessa forma. Tratem as mulheres como seres humanos”, disse Alessandra, em tom de indignação.
Em postagem em suas redes sociais no dia anterior, a deputada falou que o feminicídio é uma das consequências de uma cultura milenar de covardia contra as mulheres.
“É o sentimento de posse transformado em tragédia, em vergonha nacional. Não é a primeira vez que venho a esta tribuna denunciar ou repudiar crimes como esse. Isso precisa mudar! Somos seres humanos e queremos viver em paz”, disse Alessandra.
A deputada reforçou, ainda, o seu compromisso no combate à violência contra a mulher.
“Como presidente da Comissão da Mulher Aleam, me indigno com essa barbárie e luto para que esse quadro mude. Educação, mais delegacias da mulher, leis mais duras e covardes feminicidas na cadeia. Esse é o meu propósito na política: combater a violência contra as mulheres, lutar contra o machismo, o preconceito e, ao mesmo tempo, propor alternativas para que as mulheres tenham mais autonomia e independência emocional e financeira para dizer não a relacionamentos abusivos”, completou.
Apoio – A deputada Therezinha Ruiz (PL), vice-presidente da Comissão da Mulher da Assembleia Legislativa, reforçou o discurso de Alessandra em defesa das mulheres.
“Compartilho com você essa sua indignação, essa nossa revolta. São tantas leis de proteção às mulheres e a gente vê cada dia mais mulheres sendo assassinadas. A gente tem que estar juntas nessa luta e que a gente possa ajudar cada vez mais as mulheres que precisam se afastar de homens que não têm nenhum respeito ao ser humano”, disse Therezinha Ruiz.