Em 1985, o lema da Campanha da Fraternidade foi “pão para quem tem fome”. Passados quase 40 anos, o assunto é pauta prioritária da Nação. As estatísticas apontam que aproximadamente 20 milhões de brasileiros passam fome diariamente no País. No Amazonas, o quadro é também preocupante, principalmente neste momento de pandemia social. É por esse motivo que que todas e todos nós devemos nos empenhar em colocar comida na mesa dos nossos irmãos conterrâneos.
É dever dos governantes, da classe política e da sociedade se mobilizar no sentido de garantir o direito humano à alimentação adequada. Falo de um direito básico, pois quem não tem acesso à comida precisa ser acolhido, ter prioridade nas políticas públicas de assistência social em nível federal, estadual e municipal.
Nesse sentido, o Amazonas tem se destacado. Ampliou a oferta dos restaurantes e das cozinhas populares na capital e interior. Eram apenas sete até 2021, no meio da semana chegamos a 17 unidades com inauguração do Prato Cheio em Tabatinga e, nos próximos meses, o estado terá 33 desses equipamentos públicos de segurança alimentar. Tudo isso é fruto da sensibilidade do governador Wilson Lima com as famílias que mais precisam e eu, como secretária de Assistência Social ou deputada, faço questão de exaltar.
O programa social Prato Cheio tem dois formatos: almoço a R$ 1 e sopa servida gratuitamente, isto é, 100% custeada pelo Governo do Estado. A iniciativa, quando implantada por inteiro, servirá mais de 13 mil refeições por dia em 21 municípios, totalizando mais de 3,5 milhões de refeições por ano. Um gigantesco impacto social, que também gera emprego e renda para quem trabalha nos restaurantes e nas cozinhas populares. Uma corrente do bem que faz girar a roda da economia. Solidariamente.
Dia desses recebi um comentário negativo sobre o programa nas minhas redes sociais, pura politicagem. Inacreditável que alguém, num Brasil que voltou ao Mapa da Fome, seja contra a garantia do direito de pais e mães colocarem comida na boca de seus filhos. O dever das mulheres e dos homens públicos é exercer a fraternidade, o espírito cristão na prática, sem teorias vagas. Pão para quem tem fome. O combate à insegurança alimentar está na ordem do dia de quem conhece a realidade da nossa gente.