Em pronunciamento nesta terça-feira (25/04) na Assembleia Legislativa do Amazonas, a deputada estadual Alessandra Campelo (PSC) repudiou diversos casos de violência que ocorreram no estado nos últimos dias. A Procuradoria Especial da Mulher acompanha as ocorrências e dá apoio às vítimas e seus familiares por meio da equipe multidisciplinar formada por advogadas, assistentes sociais e psicólogas.
Duas tentativas de feminicídio foram registradas. Em Manaus, a cabeleireira Carol Machado foi brutalmente agredida pelo companheiro, assunto que comoveu centenas de pessoas por meio da denúncia feita pelas redes sociais da vítima. Em São Gabriel da Cachoeira, mais precisamente na Comunidade Iauaretê, a dona de casa Suellen Lopes foi agredida pelo ex-companheiro, que ainda ateou fogo em sua casa. O suspeito está foragido.
A deputada falou ainda sobre o feminicídio ocorrido no sábado (22), em Tefé. A vítima foi Ivanete Lima, que era agente de limpeza da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Conservação. Ela foi brutalmente assassinada com golpes de faca e o suspeito é o próprio marido.
Alessandra Campelo relatou ainda um caso de importunação sexual que aconteceu na última segunda-feira (24) dentro de um ônibus que fazia linha 641 (Cidade Nova). Um homem ejaculou numa mulher que voltava do trabalho. Os passageiros reagiram, policiais militares foram acionados e o suspeito foi levado ao 6° Distrito Integrado de Polícia.
“Vejam: a gente não tem paz em Iauaretê, a gente não tem paz aqui em Manaus (caso da Carol), a gente não tem paz lá em Tefé, a gente não tem paz dentro do ônibus. Além de pegar as famosas encoxadas, um cara ejaculou em uma mulher dentro de um ônibus. É lastimável que a gente esteja no ano de 2023 e uma mulher passe por esse tipo de humilhação, de importunação. É lastimável que a gente não tenha paz em lugar nenhum”, disse a deputada Alessandra Campelo.
Caso do provador de roupas
A Procuradora Especial da Mulher da ALEAM também falou sobre o pedido de arquivamento por parte do Ministério Público do Amazonas do inquérito policial que investiga o estupro de uma menina de 4 anos dentro do provador de uma loja de um shopping em Manaus. O homem apontado como suspeito nega o crime e, inclusive, já foi solto. Para Alessandra Campelo, é preciso acreditar na palavra da vítima.
“O caso ainda não acabou. Nós não vamos admitir que simplesmente um promotor ou qualquer pessoa ponha em questão a palavra da vítima. A vítima é uma criança e simplesmente estão querendo desacreditar a vítima. Estão querendo fazer a acareação de uma criança com um cara que a importunou. A palavra da vítima conta e ela teve escuta especializada de profissionais”, disse Alessandra, que destacou ainda o trabalho desenvolvido pela delegada Joyce Coelho, titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA).